quarta-feira, 23 de março de 2022
O ANIVERSÁRIO DE MEU PADIM – Autor: José Pereira Gondim
Finalmente AMANHÃ, ou mais precisamente no dia 24/03/2022 ocorrerá no calendário do tempo, mais um aniversário de nascimento, o 178º do Padre Cícero Romão Batista, o patriarca do Juazeiro do Norte, seu primeiro prefeito, deputado federal e vice-governador do estado do Ceará, o homem escolhido “o cearense do século XX”, aquele que foi homenageado com a terceira maior estátua em concreto do mundo e um “santo” para 60 milhões de romeiros simples. Em função disso e atendendo a uma tradição que se repete há mais cem anos, “de pai para filho”, milhares de romeiros por todo o Nordeste fecharão suas residências, deixarão cidades e regiões distantes e rumarão a “Meca caririense”, a fim de reverenciar seu “santo do coração”. O sacerdote em apreço e que foi vítima de perseguições da Igreja Católica Apostólica Romana por toda "vida terrena", e hoje recebe alguns “dengos ou muita bajulação” dessa Entidade (a Igreja), através de missas solenes rezadas em sua honra (aniversário de sua morte, de seu natalício, de sua ordenação), por até quinze sacerdotes (inclusive o bispo diocesano) que se “esgoelam” e não cansam de dar vivas a sua "memória", do início ao fim da celebração. "Viva o padre Cícero! – Viva”! “Viva o padre Cícero! - Viva"! "Viva o padre Cícero - Viva"! Dinheiro não é santo, mas, obra milagres! Todavia, inexplicavelmente, ou por incrível que pareça, a Igreja mantém o castigo a si imposto inalterado há quase ou mais de um século e a sua condição de padre maldito e renegado intocável, o que transita na contramão desses fatos. Então, por que as missas? Por que os "vivas"? Por que tanta hipocrisia? O padre Cícero (em retrato, ou estátua) já pode entrar (ligeiramente) nas igrejas do Juazeiro do Norte, no entanto, os rios de dinheiro deixados por suas romarias durante todo o ano já podiam (isso prova que dinheiro amolece o coração mais duro, NÃO?) engordando assim os cofres do Vaticano, aliás, uma das maiores fortunas (lá em Roma eles tem até bancos: Ambrosiano, do Vaticano) do planeta. Ao contrário de São Constantino (o Imperador Romano e pagão que mandou matar o filho, a esposa, o sogro e muitos desafetos ou pessoas que incomodavam sua administração, mas, beneficiou a Igreja), e foi guindado à condição de santo e adorado nos altares cristãos, para o Padre Cícero o clero local montou uma gambiarra (semelhante a picadeiros ou palcos de shows bregas) junto a Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, e que serve de local para celebrações em sua homenagem, pois no altar da "capelinha" ele ainda está proibido de ser homenageado pela Igreja e suas missas (?)! Isso é incrível e estranho! As missas celebradas todo dia 20 de cada mês (lembrando a morte do sacerdote), bem como outra rezada no dia 24 de Março, em homenagem a seu aniversário natalício é "campal" (a Igreja tem uma relação ou "cardápio" de 33 modalidades, que variam em tempo de duração e também no preço cobrado) por dois motivos que as pessoas "fingem" não entender, ou não querem saber. De início por conta da "pequenez" da Capela do Socorro e os milhares de romeiros presentes na Praça do Memorial, mas, o motivo maior é a sua condição de padre herege, maldito e que lhe tira o direito de desfrutar da celebração em altares dentro de templos católicos. Acorda romeiro! Desperta Juazeirense! Na oportunidade torna-se de bom alvitre lembrar que toda a sua fortuna (joias, dinheiro, imóveis e semoventes) foi deixada como herança para a Igreja, que em momento algum rejeitou essa dádiva, muito pelo contrário "abocanhou-a" lépida, expedita, com "dedicação e afinco" ignorando totalmente que esse legado (maldito?) era proveniente de um padre considerado renegado e excomungado pela Entidade, e cuja punição persiste até o presente. Revolução ou mudanças profundas não se fazem com flores, e aquela estória "do não perder a ternura" de Che Guevara é mentira. Foi reles propaganda comunista, e quem conhece a biografia do guerrilheiro concordará comigo, pois, ou você se expõe e grita bem alto sua frustração ou cala duma vez por toda e vai dormir o "sono de justo" embalado pela covardia, por seu medo, pois a Igreja é uma entidade eminentemente política; analise a renúncia do ex-papa pressionado por escândalos em grosso e no varejo. Pois bem: pedofilia a "perder de vista", homossexualismo, assassinatos ocorridos (dentro dos palácios) no Vaticano, briga (de foice) roxa por mais poder e riquezas, fortunas aplicadas em offshore e paraísos fiscais, lavagem de dinheiro e inúmeros outros escândalos tornam a Entidade igual a qualquer reles partido político oportunista e enganador; no cenário nativo (?). Divina? Lérias! Divina era a irmã de Ditosa, uma senhora que vendia doces no Grupo Escolar Padre Cícero, no início dos anos cinquenta. Essa era a senhora Divina! Por tudo isso acima comentado, e muito mais, você juazeirense, simpatizante da causa da reabilitação do sacerdote, romeiro residente ou não na Cidade, admirador ou não do padre Cícero, mas, uma pessoa inimiga de injustiças tem plena condição de atuar na reversão desse quadro, ou seja, mostrar a Igreja que faz parte daqueles que não veem com bons olhos esse comportamento oportunista e mesquinho da Entidade. Para isso, e partir de agora, basta que você vista alguma peça de vestuário preta ou use uma tarja (“fumo”) preta na camisa ou blusa (o ideal seria uma camiseta polo branca com a indagação no peito em vermelho: “Quando a Igreja vai reabilitar o padre Cícero”?), e se posicione bem na frente do local de qualquer comemoração convocada pela Igreja, ou justamente onde ficarão os padres celebrantes, aqueles que se "esgoelarão" em vivas ao Padim, durante a missa solene, ou qualquer outro evento. Se você não tiver medo de ser preso, detido ou enxotado do local por fanáticos gratuitos e quiser mostrar sua insatisfação a uma Entidade eminentemente política leva uma cartolina branca, com dizeres bem simples, como: "Quando a Igreja vai pedir perdão ao Padre Cícero?", "A reabilitação do padre Cícero depende apenas de você; grite ao Mundo sua insatisfação!". Ou crie alguma outra nesse sentido. Tudo é válido! Na oportunidade lhes garanto que já estou usando uma camisa e um adesivo com essa indagação no meu peito de juazeirense e no meu carro de cidadão pregado no para-brisa, e se eu for a Juazeiro (agora, ou em outra oportunidade), alguns de vocês naturalmente verão, pois sempre circulo pelo centro da cidade onde nasci lembrando os meus tempos de menino. Com uma cobrança desse tipo pode-se até não se conseguir nada, todavia, pode-se também despertar a atenção da mídia, principalmente do sudeste do País, internacional (que talvez ignore essa aberração), pois com “jaculatórias e ladainhas” pode ter certeza: a grande maioria vai morrer sem ver a reabilitação do padre Cícero através da Igreja. No tocante a excomunhão do Padre Cícero torna-se necessário lembrar-se a Igreja que a mesma tem se aproveitado do carisma e da importância desse sacerdote, na medida em que faz de trouxa os afilhados do padrinho (ele já foi reabilitado por seus romeiros?). Logo alguém virá a público e dirá que outra comissão (Comissão! Comissão? "Hómi vão caçar nim de avião"!) foi criada, nesse novo papado, e por aí vai. Entretanto (alguém tem de dizer), já basta de tanta mentira, de tanta enrolação! “Em vez das MISSAS e dos VIVAS, por que a Igreja não REABILITA o Padre Cícero, que teve a “batina, as ORDENS CASSADAS” em 23/02/1921 há 101 ANOS? Já é TEMPO CAMBADA! Acorda macho! Muda Brasil! Desperta fanático! PQP! AMÉM!
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