2 – Seu corpo era limitado.
Jesus atravessou todas as etapas de desenvolvimento pelas quais passamos. Lucas diz: “E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.” (Lc 2,52). O fato de sabermos que ele crescia em estatura confirma que seu corpo precisou de se desenvolver, como o de qualquer pessoa. Ele não veio como um “Super-Homem” à prova de balas. Jesus veio num corpo mortal, precisou ser cuidadoso enquanto manuseava as ferramentas na carpintaria – “Não é este o carpinteiro,” (Mc 6,3) – pois seu corpo poderia ferir tal como acontece conosco – “Porque isto aconteceu para que se cumprisse a escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado.” (Jo 19,36). O sangue derramado no flagelo e na crucificação é a maior prova dessa vulnerabilidade. Há também aqui dois pontos a considerar, pois se de um lado Jesus diz que seus opositores “tirar-lhe-ão a vida” (Lc 18,33), por outro lado ele também afirma que ninguém a tira, mas, sim, que ele espontaneamente a entrega – “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.” (Jo 10,17-18). A divindade nos desfez a humanidade, nem a humanidade enfraqueceu sua divindade.
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