1 – Conhecimento limitado.
Se por um lado é verdade que Jesus demonstrava um conhecimento extraordinário para os padrões da época, é verdade também que, por vontade própria consentiu que a encarnação lhe privasse do absoluto conhecimento de todas as coisas. Ele conhecia o passado, o presente e o futuro em grau não permitido a seres humanos comuns. Sabia por exemplo que Lazaro havia morrido – “Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.” (Jo 11,11); que a mulher samaritana tivera cinco maridos, antes do amante com quem vivia – “...porque cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade.” (Jo 4,18); conhecia os pensamentos dos amigos – “Mas Jesus, percebendo o pensamento de seus corações,...” (Lc 9,47) e dos inimigos – “Mas ele, conhecendo-lhes os pensamentos, disse ao homem que tinha a mão atrofiada: Levanta-te, e fica em pé aqui no meio.” (Lc 6,8). Mas que ao esvaziar-se de sua onisciência sujeitou-se até mesmo a uma capacidade intelectual limitada. Jesus mesmo admitiu (como homem) que não sabia de tudo – “Quanto, porém, ao dia e à hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu nem o Filho, senão o Pai.” (Mc 13,32). Também o vemos perguntando coisas que seriam desnecessárias se gozasse da plenitude de sua onisciência, porque parcialmente, pelo menos, há mostras de onisciência – “Há quanto tempo sucede-lhe isto?” (Mc 9,21).
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