É bom esclarecermos algo sobre as duas naturezas de Cristo antes de avançarmos, pois é certo que tanto a plenitude da humanidade como a plenitude da divindade estavam presentes na pessoa de Cristo. Estas duas naturezas não estão misturadas nem confundidas de maneira a formar uma terceira natureza, que não é uma nem outra. Pelo contrario, cada uma das naturezas reteve suas próprias características sem mudanças; de modo que em Cristo há inteligência e vontade finitas (natureza humana) e inteligência e vontade infinitas (natureza divina). Em conseqüência dessa união de duas naturezas tão distintas, podemos conceber a idéia de que a um só tempo Jesus Cristo foi mortal e imortal, finito e infinito, nascido no tempo e existente desde a eternidade, criatura e Criador, menor que Deus e igual a Deus, limitado e onisciente. Tendo isso em mente é que analisaremos as limitações experimentadas por Cristo em sua natureza humana.
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